Nosso ritmo de vida nos impulsiona a avançar,
seguir, colecionar feitos, melhorar a performance, a produtividade, conquistar,
fazer mais com menos.
Parar? Nem pensar! Isso seria a perfeita
demonstração de fraqueza, de gente sem foco, de preguiça, de fracasso.
Temos a nítida sensação que somos imortais,
incansáveis, com uma bateria de fazer inveja a um certo
coelho de uma certa pilha que dura 8 vezes mais que as pilhas comuns.
Consumimos informações, estabelecemos metas
ousadas, maquinamos, planejamos, criamos.
Aí, de repente, começa uma dorzinha, uma
palpitação, uma antecipação pelo futuro, um medo daquilo que antes não passava
de uma infame ameaça.
O quadro acabou de começar: * Coração acelerado, * Dificuldade para dormir, * Respiração ofegante, *Compulsão ou falta de apetite alimentar, *Perda de memória, *Impaciência extrema, *Manias
Ela chega poderosa,
implacável. Ela é capaz de desfazer todos os nossos planos, jogar por terra
nossos sonhos cultivados durante anos. Sim, ela é a ANSIEDADE
DESCONTROLADA
Parece algo tão novo, mas não é. Vou lhe contar uma
história:
A bíblia relata a história de um homem que fez
coisas grandes. Através de sua vida, várias pessoas se encontraram com seu
criador.
Ele era o "cara"! Até o rei tinha raiva e
medo dele. Este homem se chamava ELIAS.
Apesar de tantas conquistas, de números altíssimos
de produtividade, afinal, bastou uma oração para que descesse fogo do céu.
Coisa que uns outros homens não conseguiram fazer, ainda que passassem muito
tempo neste projeto.
Pois bem, após toda essa conquista, esse homem tão
confiante, se sentiu ameaçado. Amarelou diante da ameaça de uma mulher que não
ia com a cara dele. Ela era a esposa do rei e queria comprar a briga do marido.
Elias não encarou, se encolheu, se escondeu, se
sentiu o menor, pensou em desistir, já nem se lembrava de tudo que ocorrera
através de sua vida. Se achou um "Zé Ninguém".
Elias não havia mudado, apenas a ansiedade
extrema o
havia tirado do foco. Preferiu só observar as próprias fraquezas. Preferiu
valorizar a força do adversário.
Diante
desse período turbulento, Deus o deixou dormir.
Sono suficiente para fazê-lo descansar.
Ele dormiu, se levantou, se alimentou, renovou suas
forças. Deus o lembrou do foco e ele voltou a tocar o barco. (Baseado
em I Reis 18 e 19)
A vontade de desistir muitas vezes é apenas o cansaço acumulado. Melhor
que fugir, é parar um pouco e descansar.
Como na história que descrevi, nessa pausa
conseguiremos ver que há alimento e água para continuar a jornada. É só
saborear!