Têm dias que sou pura ice
É uma chatice, uma esquisitice, uma rabugice,
Uma coisa bem estranha de se ver,
Que dirá, de se aguentar!
A gente não sabe direito, quando a tal da ice chega,
Mas, fato é, que todo mundo percebe.
Parece que a sobrancelha fica desalinhada,
Tal qual baliza de bêbado,
O cabelo não arruma lado; o olho fica amarelado, a boca
despelada.
Fica uma azedume, tipo laranja verde.
Fica um negócio estranho,
Fica um barulho alto, uma risada desafinada,
Fica um aqui, mas meio lá.
O dia da ice é o dia do orai e vigiai
Fica facinho perder a linha, dar uma resposta atravessada
Fica facinho ver defeito no feito,
E achar que ninguém vê nada!
Quando a ice tá forte, dê um choque nela
Assuste-a com uma respiração calma e lenta
Irrite-a com um sorriso tímido
Balbucie uma canção, se esforce e demonstre gratidão
Sim, diga uma palavra de gratidão, ainda que ela saia quase
inaudível,
Afinal, para toda ice, tem uma parente legal
Tem o "er", prazer, viver...
Tem a “ia”, alegria, empatia, simpatia...
Têm tantos quantos a gente quiser!
Deixe os outros chegarem, que a ice se afastará, ainda que devagar...
Não prepare cama pra ela, é só pra ficar um momentim
De repente, a gente pára e pensa: Eita, que a vida é tão linda!
O que não tem solução, solucionado está!
Em dia de "ice", cara Drick, vá a um "fast food" e beba um "ice cream soda". Se for "weel done", você se sentirá "wonderderfull". Ou escreva uma bela poesia (como você fez) o efeito é o mesmo.
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